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Fraturas da Clavícula

  • Foto do escritor: João Pedro Wageck
    João Pedro Wageck
  • 2 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de jun. de 2022

A clavícula é o único osso que une o tronco ao membro superior. Apresenta um formato em “S” e tem como uma de suas funções a de proteger as importantes estruturas que passam atrás e embaixo deste osso, que são a artéria e veia subclávia e os nervos que saem da medula espinal em direção ao membro superior (plexo braquial) [Fig. 1].

Fig 1. Clavícula e sua relação com as estruturas nobres (artéria subclávia e plexo braquial)

Outras importantes funções da clavícula incluem:

  • Contribuir com o movimento do ombro;

  • Fornecer estabilidade e aumento de força para o membro superior (braço de alavanca);

  • Ser uma estrutura com origens e inserções de importantes músculos da região cervical, crânio, tórax e ombro;

  • Contribuir para a função respiratória;

  • Função estética

Por estar localizada na região anterior do tórax e por ser uma estrutura que está localizada logo abaixo da pele, a clavícula fica vulnerável a traumas que ocorrem diretamente nesta região, como em acidentes automobilísticos e também a traumas que ocorrem na região lateral do ombro, como nas quedas sobre o ombro.

As fraturas da clavícula são muito frequentes e ocorrem em 5% a 10% de todas as fraturas observadas na emergência. A região mais comumente fraturada é a do 1/3 médio (região central) da clavícula, ocorrendo em cerca de 80% das fraturas (fig 2).

Fig 2. Radiografia da clavícula esquerda demonstrando fratura do 1/3 médio com desvio dos fragmentos

São, na maioria dos casos, fraturas sem desvio ou com mínimo deslocamento, as quais apresentam evolução satisfatória com o tratamento conservador.

As fraturas multifragmentares e/ou com desvios importantes podem necessitar tratamento cirúrgico (osteossíntese) com o objetivo de realinhamento e estabilização dos fragmentos, além de obtenção do comprimento da clavícula. Dentre os dispositivos de fixação disponíveis existem as placas e parafusos (fig. 3) e também as hastes intramedulares. O que determinará o material de fixação a ser escolhido pelo cirurgião será o tipo e localização da fratura, fragmentação e experiência do cirurgião com determinada técnica.

Fig. 3 Radiografia demonstrando osteossíntese da clavícula esquerda com placa e parafusos

Como toda cirurgia, o tratamento cirúrgico das fraturas de clavícula apresenta riscos e complicações inerentes ao ato cirúrgico/anestésico, à lesão apresentada e às condições clínicas e comorbidades pré-existentes do paciente.

Desse modo, o paciente deve estar ciente dos aspectos que envolvem o tratamento cirúrgico dessas lesões, bem como o período de imobilização necessário no pós-operatório e o tempo para retorno às atividades laborais ou esportivas.

Em caso de dúvidas, procure um especialista.





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